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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
O telemóvel tocou. Era o senhor padre.
- Boa tarde família Power! As nossas figueiras aqui no Santuário estão carregadinhas de figos maduros e bons. São tantos, que nós não conseguimos dar-lhes vazão! Não querem vir até cá com cestos e fazer a apanha?
Os mais novos saltaram de alegria. Adoram ir ao Santuário, porque o espaço é fantástico para praticamente tudo: andar de bicicleta, jogar à bola, trepar às árvores e, claro, apanhar figos, ameixas, uvas e tudo o que é bom. Assim, enfiámo-nos no carro com o Jack e a Winnie e lá fomos nós. Apenas o Francisco não foi, pois está a passar o fim-de-semana no norte, em casa de um grande amigo. Como devem imaginar depois do post que ele escreveu sobre a sua família barulhenta, está muito feliz no seu merecido descanso!
As figueiras do Santuário são muito antigas, e sabe bem sentarmo-nos à sombra sob os seus ramos curvados, carregadinhos de frutos. O David, a Lúcia e o António devem ter comido todos os figos que apanharam, pois os únicos que enchiam os cestos eram o Niall e a Clarinha! Eu entretinha-me com a Sara, a subir e a descer degraus, e claro, fui tirando fotografias...
- Quem me dera uma figueira assim no nosso quintal - Comentei com o Niall, enquanto me deliciava com um figo.
- Mas tu tens uma figueira! Eu já te plantei uma, como tanto desejavas - Respondeu-me ele, espantado.
- Não tenho uma assim, curvada, carregada de figos, a fazer uma sombra destas - Expliquei.
- Bem, tu querias uma figueira velhinha, com uma longa história para contar! A nossa irá ser assim quando os teus netos e bisnetos vierem visitar-nos.
- Mas eu queria essa figueira agora...
- Fazes-me lembrar Jesus, quando amaldiçoou a figueira! Ele sabia que não era altura de figos, mas insistiu em procurar figos na pobre figueira! Que impaciência!
"No dia seguinte, ao saírem de Betânia, Jesus sentiu fome. Viu ao longe uma figueira coberta de folhas e foi ver se encontrava alguma coisa. Mas nada encontrou a não ser folhas, pois não era tempo de figos. Disse, então, à figueira: «Jamais alguém coma fruto de ti!»" (Mc 11, 12-14)
Quando cheguei a casa, olhei para a nossa pequenina figueira, com dois anos de vida, e vi como nela cresciam alguns pequeninos figos também. Podia não dar muita sombra, mas já produzia os seus frutos! Depois pensei nas Famílias de Caná...
O movimento das Famílias de Caná ainda não tem um ano de vida. Como a figueira do meu jardim, é muito novo! Mas embora a sua sombra não cubra ainda uma multidão, os seus frutos já são abundantes. Se Jesus passar hoje sob alguma das pequenas figueiras que são as Famílias de Caná e sentir fome, Ele tem todo o direito de estender a mão e colher até se saciar! Os anos trarão a sombra, o sussurro do vento por entre as folhas, a beleza; mas os frutos têm de estar prontos desde já!
Não há aí por Lisboa, Setúbal e arredores famílias com vontade de se tornarem também "figueiras" no jardim das Famílias de Caná? Inscrevam-se! Na coluna do lado direito deste blogue têm o link directo para o post sobre o próximo retiro e para a inscrição online. Venham, que não se vão arrepender! Nós esperamos por vós!