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Somos uma família católica, abençoada com seis filhos na Terra e um no Céu. Procuramos viver a fé com simplicidade e generosidade. Queremos partilhar com outras famílias a alegria de sermos Igreja Doméstica na grande família da Igreja Católica.
Como alguns de vós se devem lembrar, temos quatro gatinhas, que foram abandonadas à nossa porta e que nos vimos caridosamente forçados a acolher. São simpáticas, alegres, brincalhonas e bonitas, mas também são bastante inconvenientes, pois não suportam um "não" como resposta. Assim, se um de nós abre uma frestinha da porta ou da janela, logo as quatro saltam para dentro de casa, e num ápice estão na cozinha, em cima da banca, o que me irrita bastante. Já vos mostrei num vídeo engraçado como até a Sara, na altura com vinte e dois meses, aprendeu a enxotar as gatas para o jardim (podem rever o vídeo aqui).
Mas não importa o quanto eu me zangue com elas, a insistência continua. Num destes dias, andava eu em arrumações pela casa, fechando gavetas e apanhando lixo do chão, e olhem só o que eu vi... Decidi pegar na máquina e fotografar, para vocês poderem ver que não estou a exagerar:
Depois ri-me sozinha: uma pequena fresta na porta ou na janela, e as gatas saltam para dentro de casa; uma pequena fresta nas gavetas (os mais novos, em vez de retirar os brinquedos das gavetas, retiram as gavetas dos móveis), e logo se ajeitam, confortáveis, sobre as roupas... Não pedem muito, realmente!
Amanhã começa o Advento. Jesus vai bater à nossa porta com insistência e pedir-nos que abramos, nem que seja apenas uma pequena fresta...
No livro True Life in God, que contém mensagens de Jesus a uma cristã ortodoxa dos nossos tempos e que está disponível online aqui, Jesus diz assim:
"Se ao menos vós soubésseis como Eu estou disposto a perdoar os crimes da vossa era, por um só olhar afetuoso que fosse, dirigido a Mim... um momento de saudade... um suspiro de hesitação... uma ligeira reflexão. Por um só sorriso à Minha Santa Face, Eu perdoarei e esquecerei. Não olharei sequer para as Minhas Chagas. Tirarei da Minha Vista todas as vossas iniquidades e os vossos pecados. Tivésseis vós apenas um momento de pesar, e todo o Céu celebraria esse vosso gesto, uma vez que o vosso sorriso e o vosso olhar afetuoso me seriam agradáveis como incenso e esse pequeno instante de pesar seria por Mim entendido como um novo cântico. (29 de Agosto, 1989)
Acreditemos ou não no carácter sobrenatural destas revelações (ainda não confirmadas ou recusadas pela Igreja), estas palavras são de um consolo infinito. Olhemos para trás, para a nossa história... Quando foi que abrimos uma frestinha na porta? Como foi que Jesus entrou? Como foi que, pouco a pouco, Jesus começou a transformar a nossa vida?
Para alguns, a fresta na porta foi uma leitura apressada de algum texto deste pobre blogue; para outros, uma oração hesitante; para outros ainda, um suspiro de tristeza perante a desarrumação da sua vida... Olhemos para trás: terá sido um convite para um retiro? O desafio de uma simples novena a Nossa Senhora, como o que ontem vos fiz e que foi tão bem acolhido? As palavras de um cristão amigo? Um programa na televisão?
Pouco a pouco, demo-nos conta de que Jesus entrara, e começava a remexer as gavetas da nossa alma, à procura de um lugar confortável onde Se instalar... E quase sem darmos por isso, estávamos a caminhar com passadas de gigante na estrada da santidade!
"Eis que estou à porta e bato. Se alguém abrir, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo." (Ap 3, 20)
Ajuda-me, Senhor, a abrir uma pequena fresta na porta da minha vida e da minha alma! Entra, Senhor, como puderes, e desarruma as ideias, desinstala os medos e os preconceitos, e faz de mim, para Ti, uma nova gruta de Belém. Ámen!
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